Nóis tarda, mas não falha
Opa! Ó, o pior é que deve acontecer mais vezes.
A vida adulta, né? Na sexta-feira eu já estava com o texto da Newsletter pronto. Só precisava traduzir (quanto tempo até eu me arrepender dessa ideia bilíngue?), mas aí, no sábado, fui jantar no meu primo (quem recusa comida de graça é doido), no domingo trabalhei em um evento de sete horas e emendei um chá de fraldas depois, daí, quando finalmente cheguei em casa, o David tava vomitando as tripas e, puts, lembrei também que precisava terminar de arrumar a mala porque viajaria no dia seguinte, enfim, um redemoinho de prioridades girando na minha cara e deixando a escrita para depois. Como de costume. Minha vida é um grande “deixando a escrita para depois”.
Mas o assunto de hoje é outro.
O assunto de hoje é que tô velha. Cabelo branco, dor no corpo e amigo meu fazendo bebê. Não tô reclamando (não da parte dos bebês): bebês são muito fofos. Quero apertar a bochecha de todos e comprar presentinhos para todos.
Quero ser mãe também. Não agora, mas também não daqui a muito tempo, e mais de uma vez. Me pego pensando principalmente em dinheiro, ai, meu Deus, vou conseguir alimentar meu filho? Ser freelancer é um atestado de pobreza sem precedentes, e se eu nunca mais for chamada pra trabalhar em toda a minha vida? Vão cortar nossa luz e não vou ter dinheiro nem pra terapia da criança.
Minhas amigas também estão preocupadas com a possibilidade de eu ser mãe, mas por outro motivo. É que eu escolho os piores nomes do mundo para bebês, segundo elas. É claro que elas só não têm poesia suficiente no coração para entender a sonoridade de um “Jack Francisco”, por exemplo, mas isso é outra história.
Esses dias tenho pensado muito em nomes japoneses, porque o David apontou um revólver na minha cabeça e me obrigou a assistir Naruto (Ino e Sakura são namoradas e você não pode me convencer do contrário). Enfim, nomes japoneses são muito bonitos. Inari, Tetsu, Toshi!
E nomes chineses também são bonitos (notei depois de ter lido A Guerra da Papoula): Nehza, Kai, Bowen… mas enfim, calma! Não precisa colocar nenhum desses no seu bebê, pode ser no seu cachorro. Mas eu colocaria no meu bebê mesmo.
Sabe outro tipo de nome que eu gosto? Nome que são substativos independentes também - ou quase. Em português, acho as opções mais famosas meio breguinhas: Céu, Flor, Mel (mas menção honrosa para Clara e Marina, que são ótimos)… mas em inglês eu gosto de quase todos: Summer, River, Stormi (sim, aquela que tem o irmão chamado Aire: outro nome lindo), e vamo incluir aí também a Sky do Lucas Silveira, o Blessing da Gio Ewbank e do Bruno Gagliasso, e até a Blue Ivy . Uma vez eu conheci um Ocean e achei horrível, mas acho que foi o único.
Enfim, nomes. Bebês. Cabelos brancos. A vida adulta é uma loucura.
Bônus: crianças fofas que já fotografei por aí.
Helena:
Arthur:
Sophia:
Rebeca:
Asher:
Greyson and Hudson. Actually, maybe Hudson and Greyson. I can’t tell them apart.
Better late than never!
Oops! I’m sorry for the delay. It might happen again.
Adulthood! I had this Newsletter ready on Friday. Almost: I still needed to translate it to English, but that was all J(how long until I regret this bilingual idea?), but then on Saturday I went to my cousin's for dinner (you can’t deny free and good food), on Sunday I worked in a seven-hour event and had a baby’s shower right after, then, when I finally got home, someone needed me and, oh my, I remembered I still needed to finish packing for I would be traveling the next day. To sum it up: a whirlwind of priorities was swirling in my face, leaving writing for later. As usual. My life is one big "leaving writing for later".
But we’re not talking about any of this today.
Today we’re talking about how old I am. White hair, body aches, and a lot of friends getting married and having babies! I am not complaining, tho (not about the babies, at least): babies are cute. I’m always in the mood for squeezing some cheeks and buying little gifts for tiny human beings.
I want to be a mother too. Not now, but soon enough, and more than just once. I catch myself worrying about money even if the scenario is still just a possibility, but I mean, oh my God, will I be able to feed my children? Being a freelancer is an unprecedented poverty certificate, what if I am never getting another job in my entire life? You never know.
My friends also worry about me becoming a mother, but for another reason. According to them, I choose the worst baby names in the world. Obviously they just don't have enough poetry in their hearts to understand how cool a "Jack Francisco" would be, for example, but that's another story.
These days I have been thinking a lot about Japanese names, because David held a gun to my head and forced me to watch Naruto (Ino and Sakura are girlfriends and you can't convince me otherwise). Anyway, Japanese names are very pretty. Inari, Tetsu, Toshi!
And Chinese names are pretty too (I noticed after reading The Poppy War): Nehza, Kai, Bowen... but don’t worry! You don't have name your kids any of this, maybe just your dog. But I would would name my kids.
I also like names that are just regular words. In Portuguese, I find the most famous options, except for Marina (marine) and Clara (light) a little tacky: Céu (Sky), Flor (Flower), Lua (Moon) Mel (Honey)… but in English I like almost all of them: Summer, River, Stormi (yes, the one with the brother named Aire: also a beautiful name), Sky, Blessing (yep, the super cute son of Gio Ewbank and Bruno Gaglassio), and even Blue Ivy. Once I met an Ocean tho and found it horrible, but I think it was the only thing-name I didn’t like.
Anyway, names. Babies. White hair. Adult life is crazy.
Bonus: on the pictures above, cute kids I've photographed around the world. Scroll up and check them out!